28/02/2014

Oração para o Último Domingo após Epifania (A Transfiguração de Nosso Senhor)


Ó Deus, na gloriosa transfiguração de teu amado Filho confirmaste os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias. Na voz que veio da nuvem brilhante predisseste nossa adoção por graça. Por tua misericórdia, faze-nos herdeiros com o Rei de sua glória e traze-nos à plenitude de sua herança nos céus; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

27/02/2014

Culto Eucarístico - A Transfiguração de Nosso Senhor (Ano A)

A Transfiguração de Nosso Senhor – 02 de março de 2014

“Paisagem com Transfiguração de Cristo / Landschaft mit Verklärung Christi” (c. 1788), Francesco Zuccarelli (1702–1788) 

Deus manifesta a sua glória no corpo de Jesus Cristo, transfigurado para nós pela sua Cruz

A transfiguração confirma “a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso” (2 Pe 1.19). A glória divina de Jesus manifesta-se na palavra de seus apóstolos, que foram “testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pe 1.16). Ele “foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol” (Mt 17.2). Moisés e Elias testemunharam o cumprimento do Antigo Testamento neste Senhor Jesus e o Pai testificou a respeito dele: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5). Por seu próprio sangue, derramado na cruz, Jesus faz e sela a nova aliança conosco. Por isso, “o aspecto da glória do Senhor” já não é “como um fogo consumidor” (Êx 24.17 ), mas é graciosamente revelada em seu próprio corpo. Assim como “Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel” subiram ao monte com Moisés e “viram a Deus, e comeram, e beberam” (Êx 24.9, 11), nós também contemplamos o Senhor nosso Deus em Cristo Jesus e permanecemos com Ele quando comemos e bebemos seu corpo e sangue no altar.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Êxodo 24.8-18
† Salmo: Salmo 2.6-12 (antífona v. 6)
† Epístola: 2 Pedro 1.16-21
† Evangelho: S. Mateus 17.1-9

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, na gloriosa transfiguração de teu amado Filho confirmaste os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias. Na voz que veio da nuvem brilhante predisseste nossa adoção por graça. Por tua misericórdia, faze-nos herdeiros com o Rei de sua glória e traze-nos à plenitude de sua herança nos céus; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

26/02/2014

A chuva cai sobre justos e injustos


– A chuva cai sobre justos e injustos.
– Isso é um bom sistema!
(Charlie Brown)

Sobre o Evangelho do Sétimo Domingo após Epifania (S. Mateus 5.38-48)

24/02/2014

A Eleição de São Matias

A Eleição de São Matias, vitral da St. Mary's Episcopal Cathedral, Glasgow (Escócia).

Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 15 a 26

1.15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
1.16   Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
1.17   porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.
1.18   (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniquidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
1.19   e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.)
1.20   Porque está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
1.21   É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
1.22   começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
1.23   Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias.
1.24   E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido
1.25   para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar.
1.26   E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos.

Hoje comemoramos o santo apóstolo Matias

"São Matias" (c. 1317–19), Oficina de Simone Martini (Italiano, Siena, ativo por volta de 1315 – Avinhão, 1344)
Hoje comemoramos o santo apóstolo Matias. Embora pouco se fale dele nas Sagradas Escrituras, além de sua eleição pelos apóstolos para preencher o número de 12 deixado pela morte de Judas, a tradição da Igreja nos ensina que ele trabalhou como missionário na Etiópia e também sacrificou sua vida em testemunho da vitória de Cristo sobre a morte.

Seu dia é observado em 9 de agosto pelo rito oriental e, mais recentemente, em 14 de maio por Roma. Pelos luteranos, episcopais e ortodoxos de rito ocidental, é observado em 24 de fevereiro - a data tradicional de sua comemoração na igreja ocidental.

Por um em lugar de Judas,
A escolha de Deus os apóstolos buscam;
A sorte caiu sobre Matias
Por quem agora exultam.
Possamos nós qual fiéis apóstolos
Tua santa Igreja defender,
Não trair nosso chamado
Mas servir-te até morrer. 

For one in place of Judas,
Th' apostles sought God's choice;
This lot fell to Matthias
For whom we now rejoice.
May we like true apostles
Your holy Church defend,
And not betray our calling
But serve You to the end.
(Lutheran Service Book, Hino 517, estrofe 13)

Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei. Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade.” (Do Introito para o seu dia)



Festa de São Matias, Apóstolo – 24 de fevereiro

"São Matias", Il Guercino (Giovanni Francesco Barbieri, 1591-1666)

São Matias é um dos apóstolos menos conhecidos. De acordo com os Pais da Igreja, Matias foi um dos setenta e dois enviados por Jesus em Lucas 10.1-20. Depois da ascensão, Matias foi escolhido, por sorteio, para preencher a vaga dos Doze em decorrência da morte de Judas Iscariotes (Atos 1.16-25). A tradição da Igreja Primitiva coloca Matias em uma série de locais. Alguns historiadores sugerem que ele foi para a Etiópia, outros o colocam na Armênia, a primeira nação a adotar o cristianismo como uma religião nacional. Martirizado por causa da sua fé, Matias pode ter encontrou a morte em Cólquida, na Ásia Menor, por volta do ano 50 d. C. A Igreja de São Matias em Tréveris (Trier, em alemão), na Alemanha, reivindica a honra de ser o local de enterro final de Matias, o único dos Doze a ser enterrado ao norte dos Alpes europeu.

Cor litúrgica: Vermelha

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 66.1-2
† Salmo: Salmo 134 (antífona Salmo 133.1)
† Segunda Leitura: Atos 1.15-26
† Santo Evangelho: S. Mateus 11.25-30

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, que escolheste teu servo Matias para ser contado entre os Doze, concede que tua Igreja, sempre preservada de falsos ensinamentos, possa ser ensinada e guiada por pastores fiéis e verdadeiros; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1236)

23/02/2014

Evangelho Dominical – Sétimo Domingo após Epifania

Imagem: Escultura neo-gótica (séc. XIX) do Sermão do Monte, no altar-mor da Igreja dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Igreja de São (Pfaffenhoffen, Alsácia, Baixo Reno, França).
Evangelho segundo S. Mateus 5.38-48

38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;
 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
 46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
 48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.

- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Culto Eucarístico - Sétimo Domingo após Epifania (Ano A)

22/02/2014

Oração de São Policarpo de Esmirna

Martírio do mártir e santo cristão Policarpo. Xilogravura da edição Americana de 1832 do Livro dos Mártires de John Foxe.

Policarpo foi condenado a ser queimado. Enquanto esperava o fogo ser aceso, ele orou:

Ó Senhor, Deus Todo-poderoso, Pai de teu bendito e bem-amado Filho Jesus Cristo, por quem nós temos conhecimento de ti; Deus dos anjos e das potestades, Deus de toda a criação e de toda família dos justos, que vivem em tua presença: eu te bendigo por me teres julgado digno de ser contado no número de teus mártires e de participar do cálice de Cristo para a ressurreição da alma e do corpo na vida eterna, e na incorruptibilidade do Espírito Santo. Possa eu hoje, com eles, ser aceito em tua presença, como sacrifício precioso e agradável: Tu me preparaste para ele, tu me revelaste, guardaste tua promessa, Deus de fidelidade e de verdade. Por esta graça e por tudo, eu te louvo, te bendigo, te glorifico por meio de Jesus Cristo, teu Filho bem-amado, eterno sumo-sacerdote nos Céus. Por Ele, que está contigo e com o Espírito Santo, te seja dada toda a glória, agora e pelos séculos vindouros. Amém.


O fogo foi então aceso e logo em seguida um soldado apunhalou Policarpo à morte por ordem do magistrado. Seus amigos recolheram seus ossos e lhe deram um sepultamento honrado, depois escreveram um relato de sua morte para outras igrejas.

(Conforme relato de Eusébio de Cesareia (265-339 d.C.) em sua História Eclesiástica)

Fonte: James A. Kleist (Trad.) The Martyrdom of St. Polycarp. In: Johannes Quasten; Joseph C. Plumpe (Ed.). Ancient Christian Writers: The works of the Fathers in Translation, Vol. 6. New Jersey: The Newman Press, 1948. pág. 97.

Comemoração de São Policarpo de Esmirna, Pastor e Mártir – 23 de fevereiro

“S. Polycarpus” (c. 1685), gravura de Michael Burghers (c.1647/8 – 1727) 
Nascido por volta do ano 69 d. C., Policarpo foi uma figura central no início da igreja. Era um discípulo do evangelista João que ligou a primeira geração de crentes aos cristãos posteriores. Depois de servir por muitos anos como bispo de Esmirna, Policarpo foi preso, julgado e executado por sua fé em 23 de fevereiro, cerca de 156 d. C. O Martírio de Policarpo é um relato de testemunha ocular de sua morte, que continua a encorajar os crentes em tempos de perseguição.

LEITURAS:

† Salmo 121
† Números 23.5-12
† 1 Coríntios 2.1-5
† São Mateus 20.20-23

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, criador do céu e da terra, que deste a teu venerável servo, o santo e bondoso Policarpo, coragem para confessar Jesus Cristo como Rei e Salvador e perseverança ao morrer pela fé; concede-nos graça para seguir seu exemplo em participar do cálice do sofrimento de Cristo, para que também participemos da sua gloriosa ressurreição; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1233)

21/02/2014

Sétimo Domingo após Epifania – 23 de fevereiro de 2014

Sermão do Monte, Igreja de São Wolfgang (Oberwinkling, Baixa Baviera, Alemanha)
Deus manifesta sua santidade perfeita em Cristo através da compaixão e do perdão

Deus revela sua santidade perfeita na compaixão ao ponto que “ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por sua graça em Jesus Cristo somos santos como ele é santo (Lv 19.2) e nós somos “santuário de Deus”, em quem “o Espírito de Deus habita” (1 Co 3.16). Este dom da santidade começa com temer, amar e confiar em Deus acima de todas as coisas e nos leva a amar o nosso próximo como a nós mesmos (Lv 19.18). Já não devemos praticar a “injustiça no tribunal”, não favorecendo os humildes, nem agradando os poderosos, não devemos mais andar “como mexeriqueiro” entre o povo de Deus, não devemos mais vingar ou guardar ira (Lv 19.15-18). Embora nós fôssemos os seus inimigos, nosso Senhor Jesus Cristo nos amou e nos perdoou. Alimentados e sustentados por seu santo corpo e sangue sob o pão e o vinho da sua Santa Ceia, “santos sereis” (Lv 19.2) assim como o Senhor nosso Deus é santo.

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Levíticos 19.1-2, 9-18
† Salmo: Salmo 119.33-40 (antífona v. 35)
† Epístola: 1 Coríntios 3.10-23
† Evangelho: S. Mateus 5.38-48

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que és a força de todos que colocam sua confiança em ti, misericordiosamente concede que pelo teu poder possamos ser defendidos de toda adversidade; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

19/02/2014

Lutero: A música produz uma disposição calma e alegre



 A música é uma preciosa e boa dádiva de Deus. Entre os reformadores do século 16, Lutero se destaca como aquele que se dedicou tanto ao pensamento teológico quanto à música para ser cantada na igreja e no lar.


A devoção e estima de Lutero pela música é muito perceptível numa carta que escreveu em 1530 ao maestro e compositor Ludovico Senfl:


“Não há dúvida de que há muitas sementes de boa qualidade na mente daqueles que são movidos pela música. Aqueles, no entanto, que não se sentem tocados pela música, eu acredito que certamente são como tocos e blocos de pedra. Pois nós sabemos que a música. . . é detestável e insuportável para os demônios. De fato, julgo claramente, e não hesito em afirmar, que fora a teologia não há arte que possa ser equiparada à música, pois, exceto a teologia, somente a música produz o que de outra forma só a teologia dá, a saber, uma disposição calma e alegre. Prova manifesta disso é que o diabo, o criador de preocupações entristecedores e ansiedades inquietantes, foge ao som da música da mesma forma como foge da palavra da teologia. Esta é a razão pela qual os profetas não fizeram uso de outra arte, a não ser a música. Eles não expuseram sua teologia  como geometria, nem como aritmética, nem como astronomia, mas como música, de modo que mantiveram a teologia e a música fortemente conectadas e proclamaram a verdade por meio de salmos e canções. . . . Meu amor pela música é abundante e transbordante, pois muitas vezes me revigorou e me libertou de grandes aborrecimentos.”


- Bem-aventurado Martinho Lutero, doutor e reformador da igreja, em Carta a Ludovico Senfl (Coburg, 4 de outubro de 1530)FonteLuther Works 49:427-428.

18/02/2014

Somos mendigos


“Nós somos mendigos, essa é a verdade”
Martinho Lutero

A verdadeira humildade


"A verdadeira humildade jamais fica sabendo que é humilde, pois, caso soubesse, ficaria orgulhosa ao se dar conta de tão nobre virtude." 
- Bem-aventurado Martinho Lutero

“O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes”. (Salmo 138.6)

Pois bem, aqui fica claro que é próprio de Deus olhar para baixo. Ele não pode olhar para cima, pois nada está acima dele; tampouco pode olhar para o lado, pois não há quem lhe seja igual. Por isso, ele só olha para baixo. Em vista disso, quanto mais em baixo você estiver e quanto mais simples você for, tanto melhor os olhos de Deus poderão enxergá-lo.
Resumindo: esse versículo ensina-nos a conhecer a Deus de fato, na medida em que deixa claro que Deus atenta para os humildes, os desprezados. E só conhece a Deus de fato aquele que sabe que Deus olha para os humildes. E desse conhecimento resulta o amor a Deus e a fé nele, o que faz com que a pessoa de boa vontade entregue-se a ele e o siga.
As pessoas verdadeiramente humildes não atentam para os efeitos de sua humildade, mas, com singeleza de coração, olham para as coisas humildes, gostam de se ocupar com elas, e, pessoalmente, jamais se dão conta de que são humildes. Agora, os falsos humildes admiram-se que sua honra e exaltação custam tanto a chegar, e seu secreto e falso orgulho não permite que se contentem com sua vida simples e só pensam em subir cada vez mais. Por isso, a verdadeira humildade jamais fica sabendo que é humilde, pois, caso soubesse, ficaria orgulhosa ao se dar conta de tão nobre virtude. Ao contrário, de coração, de vontade e com todos os sentidos, apega-se às coisas humildes. Essas são objetivo constante de sua atenção bem como as imagens que tem diante de si. E, enquanto tem olhos voltados para isso, não pode ver a si mesma nem se dar conta de que existe.

Comemoração do Bem-aventurado Martinho Lutero, Doutor e Reformador da Igreja – 18 de fevereiro

“Martin Luther” (2008), por Martin Missfeldt (14.09.1968-  )
Martinho Lutero, nascido em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Alemanha, começou inicialmente os estudos objetivando uma licenciatura em Direito. No entanto, após um encontro muito próximo com a morte, ele mudou seus estudos para teologia, entrou num mosteiro agostiniano, foi ordenado sacerdote em 1505 e recebeu um doutorado em teologia em 1512. Como professor da recém-criada Universidade de Wittenberg, seus estudos das escrituras o levaram a questionar muitos dos ensinamentos e práticas da Igreja, especialmente a venda de indulgências. A sua recusa em voltar atrás nas suas convicções resultou em sua excomunhão, em 1521. Após um período de reclusão no castelo de Wartburg, Lutero voltou para Wittenberg, onde passou o resto de sua vida pregando e ensinando, traduzindo as Escrituras, escrevendo hinos e inúmeros tratados teológicos. Ele é lembrado e honrado por sua ênfase permanente na verdade bíblica de que por causa de Cristo, Deus nos declara justos pela graça através da fé somente. Ele morreu em 18 de fevereiro de 1546, quando estava visitando a cidade de seu nascimento.

LEITURAS:
† Salmo 46 
† Isaías 55.6-11 
† Romanos 10.5-17 
† São João 15.1-11

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, nosso refúgio e nossa força, tu levantaste teu servo Martinho Lutero para reformar e renovar tua Igreja à luz da tua Palavra viva, Jesus Cristo, nosso Senhor. Defende e purifica a Igreja em nossos dias, e permite-nos proclamar corajosamente a fidelidade de Cristo até a morte e a ressurreição restituidora que deste a conhecer a teu servo Martinho; através de Jesus Cristo, nosso Salvador, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1219-1220)

16/02/2014

Evangelho Dominical – Sexto Domingo após Epifania

“Lei e Evangelho” (c. 1529), por Lucas Cranach (National Gallery, Praga)

Evangelho segundo S. Mateus 5.21-37

21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
 23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
 26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
 27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
 28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.
 29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
 30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
 31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
 33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
 34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
 35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;
 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
 37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.

- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)

15/02/2014

Comemoração de Filipe Melanchthon, Confessor – 16 de fevereiro (nascimento)

 “Retrato de Philipp Melanchthon” (1559), Lucas Cranach, o Jovem (1515-1586)
Filipe Melanchthon (1497-1560) era um aluno brilhante dos clássicos e um erudito humanista. Em 1518 ele foi nomeado para lecionar junto com Martinho Lutero na Universidade de Wittenberg. Por insistência de Lutero, Melanchthon começou a ensinar teologia e Bíblia, além de seus cursos em estudos clássicos. Em abril de 1530, o imperador Carlos V convocou uma reunião oficial entre o representante do luteranismo e catolicismo romano, com a esperança de realizar uma confluência de opiniões entre dois grupos opostos. Visto que Lutero estava, naquele momento, sob excomunhão papal e sob interdição imperial, foi atribuído a Melanchthon o dever de ser o principal representante luterano nesta reunião. Ele é especialmente lembrado e honrado como o autor da Confissão de Augsburgo, que foi oficialmente apresentada pelos príncipes alemães ao imperador em 25 de junho de 1530, como o documento que define o luteranismo dentro da cristandade. Melanchthon morreu em 19 de abril 1560.

LEITURAS:

† Salmo 85.8-13 ou 145.8-13
† 2 Timóteo 2.22b-26
† São Lucas 11.33-36

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, nós te louvamos pelo serviço de Filipe Melanchthon na renovação da vida da única santa Igreja católica e apostólica em fidelidade à tua Palavra e promessa. Levanta, nestes cinzentos e últimos dias, pastores e mestres fiéis, inspirados por teu Espírito, cujas vozes fortaleçam a tua Igreja e proclamem a realidade permanente do teu Reino; através de teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1214-1215)

Comemoração dos santos Filemom e Onésimo – 15 de fevereiro


Filemom era um cristão proeminente do primeiro século que possuía um escravo chamado Onésimo. Embora o nome Onésimo signifique "útil", Onésimo se provou "inútil", quando fugiu de seu mestre e talvez até mesmo lhe roubou (Filemom 18). De alguma forma, Onésimo entrou em contato com o apóstolo Paulo, enquanto o último estava na prisão (possivelmente em Roma) e por meio do anúncio de Paulo do Evangelho ele se tornou um cristão. Depois de confessar ao apóstolo que era escravo fugitivo, ele foi aconselhado por Paulo a voltar ao seu mestre e tornar-se "útil" novamente. A fim de ajudar a preparar o caminho para o retorno pacífico de Onésimo para casa, Paulo o enviou em seu caminho com uma carta dirigida a Filemom, uma carta na qual instou Filemom a perdoar seu escravo por ter fugido e “recebê-o, como se fosse a mim mesmo” (v. 17), “não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo” (v. 16). A carta foi finalmente incluída pela igreja como um dos livros do Novo Testamento.

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai Celestial, tu enviaste Onésimo de volta a Filemom como um irmão em Cristo, libertando-o de sua escravidão do pecado através da pregação do Apóstolo São Paulo. Purifica a obscuridade do pecado dentro de nossas almas e faz cessar ressentimentos ofensas passadas, a fim de que, por tua misericórdia, possamos ser reconciliados com nossos irmãos e irmãs e nossas vidas reflitam a tua paz; através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1211-1212)

14/02/2014

Oração para o Sexto Domingo após Epifania

Retábulo de Lucas Cranach sob o altar da Igreja de Santa Maria em Wittenberg (Stadtkirche Wittenberg)
Ó Senhor, graciosamente ouve as orações do teu povo a fim de que nós, que sofremos as consequências do nosso pecado, possamos ser misericordiosamente libertados pela tua bondade, para a glória do teu nome; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Culto Eucarístico - Sexto Domingo após Pentecostes

Comemoração de São Valentim, Mártir – 14 de fevereiro

Ícone de São Valentim pelas mãos de Aidan Hart
Um médico e sacerdote que vivia em Roma durante o reinado do imperador Cláudio, Valentim se tornou um dos mártires notáveis do século III. A comemoração de sua morte, que ocorreu no ano de 270, passou a fazer parte do calendário de comemoração na igreja primitiva do Ocidente. A tradição sugere que no dia de sua execução por causa da sua fé cristã, ele deixou um bilhete de encorajamento, escrito em um pedaço de papel, para a filha de seu carcereiro. Esta saudação tornou-se um modelo para milhões de expressões de amor e carinho escritas, que agora são o destaque do Dia dos Valentins (Dia dos Namorados) em muitos países.

LEITURAS:

† Salmodia: Salmo 119.153-160 / Salmo adicional: Salmo 35
† Leitura do Antigo Testamento: Jó 10.1-22
† Leitura do Novo Testamento: S. João 5.1-18

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso e eterno Deus, tu acendeste a chama do teu amor no coração de teu santo mártir Valentim. Concede a nós, teus humildes servos, uma fé como a de Valentim e o poder do amor, para que nós, que nos alegramos no triunfo de Cristo, possamos encarnar o teu amor em nossas vidas; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1209)

13/02/2014

O evangelho de Cristo é luz que a todos alumia


Na leitura do Santo Evangelho do domingo passado (Quinto após Epifania), ouvimos Jesus dizer que não “se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador” (S. Mateus 5.15).

Esta pintura de Hans Stiegler (séc. XVIII) mostra o bem-aventurado Martinho Lutero e uma luz de vela sendo descoberta, o que não é apenas uma alusão à candeia debaixo do alqueire e outras parábolas (Mt 5.14-15; Mc 4.21-22; Lc 8.16 e 11.33), mas é também um símile para a reforma de Lutero como a revelação do verdadeiro evangelho.

Atrás de Lutero aparece um pequeno ganso como símbolo de Jan Hus (husa significa “ganso” em tcheco), considerado precursor da reforma de Lutero. Esta pintura é parte da balaustrada / parapeito da galeria norte da Igreja de Santo Amândio (Amanduskirche) em Beihingen, um distrito de Freiberg am Neckar (Alemanha).

Aquila, Priscila e Apolo, missionários do primeiro século

Priscila e Áquila expondo as Escrituras a Apolo
Hoje a Igreja Luterana e a Igreja Ortodoxa comemoram os santos missionários Aquila, Priscila e Apolo.

Apolo foi instruído na fé cristã por Aquila e Priscila, como lemos nos Atos dos Apóstolos: "chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido; porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus." (At 18.24-28)

Apolo pregando na sinagoga

Áquila e Priscila, cooperadores de Paulo em Cristo Jesus

"São Paulo em Corinto com os fabricantes de tendas Aquila e Priscila" (c. 1580 - 1600), de Johannes Sadeler I e Joos van Winghe 

Neste dia damos louvor à gloriosa Santíssima Trindade por Áquila, que juntamente com sua esposa Priscila, acolheram o santo apóstolo Paulo em Corinto e o auxiliaram no seu ofício de fazer tendas e também na proclamação do evangelho.

Em sua carta aos Romanos, São Paulo lhes envia saudação: "Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus" (Rm 16.3)

Na 1ª Carta aos Coríntios, São Paulo envia a saudação de Áquila e Priscila aos irmãos daquela igreja: "As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles." (1 Co 16.19)

Santa Priscila


Hoje nosso Sínodo lembra com ação de graças, Priscila, mulher santa e fiel do primeiro século da igreja.

"Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto. Lá, encontrou certo judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles. E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas.  E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos." (Atos 18.1-4)

Comemoração de Áquila, Priscila e Apolo – 13 de fevereiro

São Paulo com Áquila e Priscila
Áquila e sua esposa Priscila (Prisca) eram judeus contemporâneos de São Paulo, com o qual viajaram bastante. Por causa da perseguição em Roma, eles foram para Corinto, onde se encontraram com o apóstolo Paulo, que se juntou a eles em seu ofício de fabricação de tendas (Atos 18.1-3). Eles, por sua vez, se juntaram ao apóstolo em sua missão de anunciar o Evangelho cristão. O casal viajou mais tarde com Paulo de Corinto a Éfeso (Atos 18.18), onde os dois estabeleceram um lar que servia como sede de hospitalidade para os novos convertidos ao cristianismo. Apolo era um de seus inúmeros aprendizes na fé que eram judeus. Um homem eloquente, Apolo “falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus” (Atos 18.25). Mais tarde, ele viajou de Corinto para a província da Acaia, onde mostrou, “por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus” (Atos 18.28). Áquila Priscila e Apolo são todos lembrados e honrados pelo seu grande ardor missionário.

ORAMOS:

† Por todos os empresários, comerciantes, trabalhadores e domésticas;
† Pela missão da Igreja e missionários na vida cotidiana, a fim de que a salvação do Senhor traga a muitos um ouvido e coração atentos;
† Pela catequese de crianças e adultos;
† Pelos maridos, esposas e famílias.

ORAÇÃO DO DIA:

Trino Deus, cujo nome é santo, ensina-nos a sermos fiéis ouvintes e aprendizes da tua Palavra, fervorosos no Espírito como foi Apolo, para que possamos ensiná-la corretamente àqueles que foram enganados em falsidade e erro e que possamos seguir o exemplo de Áquila e Priscila, para o bem da Igreja que tu estabeleceste aqui e confiaste ao nosso humilde cuidado, pois tu, ó Pai, Filho e Espírito Santo, vive e reina, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1206)

12/02/2014

Sexto Domingo após Epifania – 16 de fevereiro de 2014

“Moisés no Monte Sinai” (c. 1545-1555), Daniele da Volterra (1509-1566) 
Cristo define a vida diante de nós, para que possamos andar nos seus caminhos

O Deus que se revela em seu Filho encarnado promete vida e bênção para todos os que guardam seus mandamentos: “que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos” (Deuteronômio 30.16 ). No entanto, nós somos pessoas “carnais” e “crianças em Cristo” (1 Coríntios 3.1), entre os quais há “ciúmes e contendas” (1 Co 3.3). Jesus precisa nos instruir contra os caminhos humanos da ira, do adultério, do divórcio e do falso testemunho (S. Mateus 5.21-37), pois todos os que vivem dessa maneira certamente perecerão (Dt 30.18). Na cruz, Ele morreu para perdoar os nossos pecados e nos libertar dos caminhos de maldição e morte. Uma vez que Jesus Cristo é a nossa “vida e a longura dos teus dias” (Dt 30.20), podemos ser reconciliados com o nosso irmão, viver em castidade e fidelidade conjugal e falar com honestidade. Ele, que nos perdoa através da sua cruz, também oferece o seu dom da reconciliação em seu altar, de forma que podemos estar em paz com nossos irmãos e irmãs em Cristo que são “lavoura de Deus e edifício de Deus” (1 Co 3.9).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Deuteronômio 30.15-20
† Salmo: Salmo 119.1-8 (antífona v. 1)
† Epístola: 1 Coríntios 3.1-9
† Evangelho: S. Mateus 5.21-37

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, graciosamente ouve as orações do teu povo a fim de que nós, que sofremos as consequências do nosso pecado, possamos ser misericordiosamente libertados pela tua bondade, para a glória do teu nome; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

11/02/2014

Árvore da Vida

Árvore da Vida - ilustração de Rudolf Schäffer no Catecismo Menor do Dr. Martinho Lutero (Der Kleine Katechismus D. Martin Luthers, Evangelische Verlagsanstalt Berlin, 1929 Stiftungsverlag, Postdam, p. 38) para a explicação do Terceiro Artigo do Credo Apostólico. Cada cemitério deveria ter uma árvore. (Fonte: Lutheran Church of St. Andrew, the Apostle - Brisbane City)

Creio que juntos o Calvário e o Paraíso,
A Cruz de Cristo e a árvore de Adão se achem.
Olha, Senhor e vê em mim Adão e Cristo:
Se o suor do primeiro inunda a minha face,
Que o sangue do segundo a minha alma enlace.
-- John Donne, no poema “Hino a Deus, meu Deus, em minha Enfermidade”

10/02/2014

Comemoração de Silas, cooperador de São Paulo, Apóstolo – 10 de fevereiro

Ícone de Silas na St Paul's Church, Brighton, Reino Unido

Silas, um líder da igreja em Jerusalém, foi escolhido pelo apóstolo São Paulo (Atos 15.40) para acompanhá-lo em sua segunda viagem missionária de Antioquia para a Ásia Menor e Macedônia. Silas, também conhecido como Silvano, foi preso com Paulo em Filipos e experimentou as agitações em Tessalônica e Bereia. Depois de tornar a reunir-se com Paulo em Corinto, provavelmente permaneceu lá por um tempo prolongado. Fora isso há pouca menção de Silas e sua cooperação com Paulo.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso e eterno Deus, teu servo Silas pregou o Evangelho ao lado dos apóstolos Pedro e Paulo aos povos da Ásia Menor, Grécia e Macedônia. Damos-te graças por levantares nesta e em toda a terra, evangelistas e anunciadores do teu reino, para que a Igreja continue a proclamar as insondáveis riquezas de nosso Salvador, Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1197-1198)

09/02/2014

Evangelho Dominical – Quinto Domingo após Epifania

“Sermão do Monte” (1437-1445), Fra Angelico (1395–1455)

Evangelho segundo S. Mateus 5.13-20

13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.

- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)

08/02/2014

Culto Eucarístico - Quinto Domingo após Epifania (Ano A)

Quinto Domingo após Epifania – 09 de fevereiro de 2014


“O Sermão da Montanha”, Carl Heinrich Bloch (1834–1890)
A Justiça de Cristo

Jesus adverte que “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20), mas Ele também chama o seu povo imperfeito de “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13, 14). Isso porque o Senhor Jesus não veio abolir a lei ou os profetas, mas “para cumprir” (Mt 5.17) em perfeita fé e amor. Uma vez que Ele faz e ensina todos os mandamentos de Deus, Ele é “considerado grande no reino dos céus” (Mt 5.19). Deus manifesta sua “demonstração do Espírito e de poder” em “Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2-4 ) e através da pregação do Evangelho dá a sua sabedoria “em mistério, outrora oculta” (1 Co 2.7 ). Cristo dá esta justiça perfeita para o seu povo e leva-os ao verdadeiro jejum: “que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo” (Is. 58.6 ) e que “que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante” (Is 58.7).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 58.3-9a
† Salmo: Salmo 112.1-9
† Epístola: 1 Coríntios 2.1-16
† Evangelho: S. Mateus 5.13-20

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, mantém a tua família, a Igreja, continuamente na fé verdadeira para que, contando com a esperança de tua graça celestial, possamos sempre ser defendidos por teu grande poder; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

05/02/2014

Comemoração de Jacó (Israel), Santo Patriarca – 5 de fevereiro

Imagem: Ícone do patriarca Jacó (Israel), do começo do séc. XVIII (Iconostasis do mosteiro Kizhi, Russia)
Jacó, o terceiro dos três patriarcas hebreus, era o mais novo dos filhos gêmeos de Isaque e Rebeca. Depois de lutar com o Anjo do Senhor, Jacó, cujo nome significa "enganador", foi rebatizado de "Israel", que significa "ele lutou com Deus" (Gn 25.26; 32.28). Sua vida familiar estava cheia de problemas, causados por seus atos de decepção em relação a seu pai e seu irmão Esaú e seu favoritismo dos pais para com seu filho José (31 de março). Grande parte de sua vida adulta foi consumida em luto pela morte de sua amada esposa Raquel e a suposta morte de José, que tinha sido nomeado pelo faraó egípcio para ser responsável pela distribuição de alimentos durante um período de fome na terra. Antes da morte de Jacó, durante a bênção de seus filhos, Deus deu a promessa de que o Messias viria através da linha de quarto filho de Jacó, Judá (Gênesis 49).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus, cetro que se ergue de Jacó, Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, governa nossos corações através de seu sofrimento na cruz e perdoa-nos os nossos pecados, para que possamos nos tornar participantes da sua vida divina; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1185-1186)

02/02/2014

Hino Processional para a Festa da Purificação de Maria e Apresentação de Nosso Senhor


Ó GUARDAS SANTOS, CELESTIAIS
(Hino Processional para a Festa da Purificação de Maria e Apresentação de Nosso Senhor deste domingo)

1. Ó guardas santos, celestiais,
vós, anjos, querubins reais,
     dai-lhe glórias! Aleluia!
Bradai, domínios, com vigor;
cantai, impérios, ao Senhor!
     Aleluia, Aleluia,
     Aleluia, Aleluia, Aleluia!

2. Maior és tu que os querubins,
glorioso mais que os serafins —
     te exaltamos, Aleluia!
Tu, da Palavra eterno Autor,
gracioso, exelso Redentor.
     Aleluia, Aleluia,
     Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Δ 3. Vós, crentes todos, cantareis
louvor ao Filho, Rei dos reis —
     Aleluia, Aleluia!
Também ao Pai e Criador,
e a Deus, o santo Ensinador.
     Aleluia, Aleluia,
     Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Hinário Luterano, nº 225
YE WATCHERS AND YE ONES
Autor: John Athelstan Laurie Riley, 1906.
Tradução: Werner Karl Wadewitz
Melodia: LASST UNS ERFREUEN, em “Geistliche Kirchengesaenge”, Koeln, 1623.

01/02/2014

Evangelho Dominical – Festa da Purificação da Virgem Maria e Apresentação de Nosso Senhor

“Apresentação de Jesus no Templo” (c. 1710), Andrea Celesti (1637-1712)

Evangelho segundo S. Lucas 2.22-32

2.22   Passados os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, 2.23   conforme o que está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito ao Senhor será consagrado; 2.24   e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida Lei: Um par de rolas ou dois pombinhos. 2.25   Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 2.26   Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. 2.27   Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, 2.28   Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: 2.29   Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 2.30   porque os meus olhos já viram a tua salvação, 2.31   a qual preparaste diante de todos os povos: 2.32   luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.

Bíblia Sagrada – Almeida Revista e atualizada(SBB)