31/05/2014

Evangelho do Dia – Festa da Visitação

“Heimsuchung von Maria und Elisabeth / Visitação de Maria a Isabel” (c.1460), Abadia de Kremsmünster (Áustria)
Evangelho segundo S. Lucas 1.39-45 (46-56)

39 Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá,
 40 entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel.
 41 Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo.
 42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!
 43 E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?
 44 Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.
 45 Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor.
 46 Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
 47 e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
 48 porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
 49 porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
 50 A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
 51 Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos.
 52 Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.
 53 Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
 54 Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia
 55 a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.
 56 Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Festa da Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria – 31 de maio

“A Visitação” (c. 1767), Ubaldo Gandolfi (1728–1781)

São João Batista e Jesus, as duas grandes figuras da história da salvação, agora se encontram na visita da Virgem Maria a Santa Isabel (S. Lucas 1.39-45), as quais conceberam seus filhos em circunstâncias milagrosas. Desta forma, João é trazido à presença de Jesus enquanto eles ainda estão no ventre de suas mães. Essa presença do Senhor provoca uma resposta por parte do menino João quando ele estremeceu no ventre de Isabel. A resposta de João com a presença de Jesus, o Messias, prenuncia o papel de João como Precursor. Desde já, uma nova criação está começando, e um bebê ainda no útero aclama o princípio da nova criação. No estremecimento de João são prenunciados os milagres de Jesus que fará toda a criação estremecer em sua presença: “os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho” (S. Mateus 11.5). A presença encarnada do Messias também evoca uma resposta de Isabel, que proclama a bem-aventurança de Maria. O Magnificat de Maria fornece o significado teológico desta visita, quando Maria resume o seu lugar na história da salvação. O Cântico de Maria é um hino a Deus por seus dons graciosos ao menor neste mundo, que Ele tem levantado da baixeza unicamente por causa da sua graça e misericórdia.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Salmo: Salmo 138 (antífona v. 8a)
† Antigo Testamento: Isaías 11.1-5
† Epístola: Romanos 12.9-16
† Santo Evangelho: São Lucas 1.39-45 (46-56)


ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso Deus, tu escolheste a Virgem Maria para ser a mãe de teu Filho, e fizeste conhecer através dela a tua graciosa estima para com os pobres, humildes e desprezados. Concede que possamos receber a tua Palavra com humildade e fé, e assim sejamos feitos um com Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 486)

29/05/2014

Reflexão de Lutero para o Dia da Ascensão de Nosso Senhor

“A Ascensão de Cristo” (1496-1498), Pietro Perugino (1448–1523)

Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. (Salmo 110.1)

“Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. (Salmo 110.1)

"Cristo está assentado nos céus, esperando até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. Este é o seu ofício propriamente dito. Ele não dorme, mas vigia por nós. Ele também não quer nenhum substituto, pois ele mesmo quer desincumbir-se desta tarefa. Quando alguém se dirige a ele, ele quer estar ali, pronto para ajudar. Se alguém está com algum problema, que se dirija a Cristo e receberá ajuda.

O dia do juízo final não chegou e os inimigos, a carne, o pecado, a morte, ainda permanecem. Mas, no dia derradeiro, Cristo entregará o reino ao Pai. Agora, ele governa os cristãos dentro de seus corações, consola-os na aflição, purifica-os e intercede por eles. No dia derradeiro, todos os seus cristãos reinarão com ele, assentados à direita de Deus. Só então, o último e real inimigo será esganado.

Aqui na terra ainda encontraremos fé vacilante, ansiedade pelo sustento e desespero sempre que Deus parece estar distante. Qual é o nosso consolo neste mundo? É Cristo, nosso sacerdote, que morreu por nós e cuida de nós, vê que nossos inimigos querem nos destruir. Por isso, ele os afasta e clama ao Pai que se coloque do nosso lado.

Quando percebemos isto em nossa consciência, temos acesso garantido ao Pai em toda e qualquer angústia. O que nos falta são olhos suficientemente fortes para podermos olhar através das nuvens, para dentro dos céus, e ter a certeza de que Cristo é nosso advogado."

- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja
(Sermão sobre Hebreus 8, WA 45:398s)

Fonte: Castelo Forte: Devoções Diárias 1983 (São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia, 1983).

Evangelho do Dia – A Ascensão de Nosso Senhor (Ano A)

“A Ascensão de Cristo” (1513), Hans Süss von Kulmbach (c. 1480–1522)
Evangelho segundo S. Lucas 24.44-53

44   A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
45   Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;
46   e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia
47   e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.
48   Vós sois testemunhas destas coisas.
49   Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.
50   Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou.
51   Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.
52   Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo;
53   e estavam sempre no templo, louvando a Deus.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Oração para o Dia da Ascensão de Nosso Senhor

"Ascensão de Cristo", Giacomo Cavedone (1577–1660)

Todo-poderoso Deus, assim como teu unigênito Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, ascendeu aos céus, que também possamos ascender em coração e mente e continuamente habitar ali com ele, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

A Ascensão de Nosso Senhor – 29 de maio de 2014

“A Ascensão de Cristo” (1775), John Singleton Copley (1738 – 1815)

O Senhor Jesus que ascendeu está sempre conosco em sua Igreja na Terra

Depois que ele ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus se apresentou vivo aos Apóstolos, "aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus" (Atos 1.3). Quando ascendeu à mão direita do Pai, ele não deixou sua Igreja órfã, pois ele está em toda parte, no céu e na terra, e concede dons aos seus discípulos. Ainda hoje, através de sua Igreja, ele continua "a fazer e a ensinar" (Atos 1.1), pregando o “arrependimento para remissão de pecados" (Lucas 24.47) “até aos confins da terra" (Atos 1.8). Embora a nuvem tenha ocultado Jesus da vista de seus discípulos naquele tempo, e permaneça oculto de nossa vista ainda hoje, ele permanece com o seu povo através de seu Evangelho e dos Sacramentos. Ele vem a nós através da Palavra de seus Apóstolos, através da promessa de seu Pai e do poder do Espírito Santo, que ele derrama sobre a "igreja, a qual é o seu corpo" (Efésios 1.22-23). Nesta santa Igreja Cristã, nós bendizemos a Deus e adoramos a Cristo com alegria, pois em sua Igreja ele nos abençoa com o perdão, nos eleva em suas mãos e nos faz sentar com ele "nos lugares celestiais" (Efésios 1.20).

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Primeira Leitura: Atos 1.1-11 
† Salmo: Salmo 47 (antífona v. 5)
† Epístola: Efésios 1.15-23
† Santo Evangelho: S. Lucas 24.44-53

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, assim como teu unigênito Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, ascendeu aos céus, que também possamos ascender em coração e mente e continuamente habitar ali com ele, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

25/05/2014

Evangelho Dominical – Sexto Domingo de Páscoa (Ano A)

 “Cristo se despedindo dos Apóstolos” (entre 1308 e 1311), Duccio (1260–1318) 

Evangelho segundo S. João 14.15-21

14.15   Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
14.16   E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
14.17   o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
14.18   Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.
14.19   Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.
14.20   Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.
14.21   Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

24/05/2014

Introito para o Sexto Domingo de Páscoa

“Christ Our Light Has Risen” (dezembro de 2010), Jennifer Smith Greene 

Salmo 119.89-93; antífona Salmo 119.105

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
Para sempre, ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu.
A tua fidelidade estende-se de geração em geração; fundaste a terra, e ela permanece.
Conforme os teus juízos, assim tudo se mantém até hoje; porque ao teu dispor estão todas as coisas.
Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia.
Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora é, e para sempre será - de eternidade a eternidade. Amém.
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.

Comemoração da Santa Rainha Ester - 24 de maio

“Ester”, Hermann Anschütz (1802 –1880)

Ester é a heroína do livro bíblico que leva seu nome. Seu nome hebraico era Hadassa, cujo significado é “mirta”. Sua beleza, charme e coragem lhe foram úteis como rainha do rei Assuero. Nesse papel, ela conseguiu salvar o seu povo do extermínio em massa que Hamã, principal conselheiro do rei, havia planejado (2.19 - 4.17). Os esforços de Ester para descobrir a trama resultaram no enforcamento de Hamã na mesma forca que ele havia construído para Mordecai, seu tio e tutor. Então o rei nomeou Mordecai ministro de estado no lugar de Hamã. Esta história é um exemplo de como Deus intervém em favor de seu povo para livrá-los do mal, assim como através de Ester ele preservou o povo do Antigo Testamento, por meio do qual o Messias viria.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que agraciaste tua serva Rainha Ester, não apenas com beleza e elegância, mas também com fé e sabedoria. Concede-nos, também, pode usar as qualidades que generosamente nos concedeste para a glória do teu poderoso nome e para o bem do teu povo, para que através da tua obra em nós, possamos ser protetores dos oprimidos e defensores dos fracos, preservando a nossa fé no grande Sumo Sacerdote que intercede em nosso favor, Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 373)

23/05/2014

Oração para o Sexto Domingo de Páscoa

“Sermão do Monte”, Carl Heinrich Bloch (1834–1890)

Ó Deus, doador de tudo que é bom, pela tua santa inspiração concede que possamos pensar naquelas coisas que são corretas e pela tua misericordiosa direção possamos realizá-las; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Sexto Domingo de Páscoa – 25 de maio de 2014 (Ano A)

Jesus com os apóstolos antes de sua Ascensão, Providence Lithograph Company (1901)
O Senhor Jesus nos conforta com a pregação da sua ressurreição

"O Deus que … a todos dá vida, respiração e tudo mais" (Atos 17.24-25) deseja que todas as pessoas que o buscam, "tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós" (Atos 17.27). Mas em nossa ignorância pecaminosa nós, seres humanos, nos voltamos para ídolos "trabalhados pela arte e imaginação do homem" (Atos 17.29). Por isso Deus destinou o Homem da Justiça, Jesus Cristo, “e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (Atos 17.31). Porque ele vive, nós também vivemos (João 14.19) em seu perdão e assim nós amamos e guardamos os seus mandamentos (João 14.15). Enquanto o Senhor ressuscitado nos prepara para sua Ascensão, ele não nos deixa "órfãos" (João 14.18), mas dá "outro Consolador", o Espírito Santo, para que esteja para sempre conosco (João 14.16), através da pregação de "Jesus e a ressurreição" (Atos 17.18). Porque ele "padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos" (1 Pedro 3.18), nós santificamos a Cristo, como Senhor, em nosso coração e estamos sempre preparados para fazer uma defesa a quem "pedir razão da esperança” que temos (1 Pedro 3.15). O nosso Batismo agora nos salva atraindo-nos para “uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pedro 3.21).

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Primeira Leitura: Atos 17.16-31
† Salmo: Salmo 66.8-20 (antífona v. 8)
† Epístola: 1 Pedro 3.13-22
† Santo Evangelho: S. João 14.15-21

ORAÇÃO DO DIA:
Ó Deus, doador de tudo que é bom, pela tua santa inspiração concede que possamos pensar naquelas coisas que são corretas e pela tua misericordiosa direção possamos realizá-las; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

21/05/2014

Comemoração dos Santos Constantino, Imperador, e Helena, sua Mãe - 21 de maio

“Santos Constantino e Helena ao redor da Santa Cruz” (até 1870), Vasiliy Sazonov (1789–1870) 
Constantino I serviu como o imperador romano de 306-337 A.D. Durante o seu reinado a perseguição aos cristãos foi proibida pelo Edito de Milão em 312, e finalmente a fé ganhou o completo apoio imperial. Constantino tomou parte ativa na vida e nos ensinamentos da Igreja e convocou o Concílio de Niceia em 325, no qual o cristianismo ortodoxo foi definido e defendido. Sua mãe Helena (c. 255-329) influenciou intensamente Constantino. Seu grande interesse em localizar os locais sagrados da fé cristã, tornou-a uma das primeiras peregrinas cristãs à Terra Santa. Sua busca levou à identificação de locais bíblicos em Jerusalém, Belém e adjacências, os quais ainda hoje são mantidos como locais de culto.

LEITURAS:

† 1 Timóteo 3.14-16
† Salmo 111
† São Lucas 23.50-55

ORAMOS:

† Pelas mulheres abandonadas por seus esposos;
† Pela preservação dos matrimônios;
† Pelas famílias cristãs;
† Pelos governantes das nações;
† Pelo trabalho da arqueologia bíblica;
† Pala paz na Terra Santa.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso Deus, por meio de teu servo Constantino tua Igreja floresceu, e por intermédio de sua mãe Helena a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém tornou-se de lugar santo para muitos peregrinos. Conceda-nos esse mesmo zelo pela tua Igreja e caridade para com o teu povo, para que possamos ser frutíferos em obras boas e firmes na fé. Mantenha-nos sempre agradecidos pela tua abundante provisão, com os olhos fixos, assim como os de Helena estavam, no mais elevado e maior de todos os tesouros, a cruz de Cristo; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 364)

18/05/2014

Evangelho Dominical – Quinto Domingo de Páscoa (Ano A)


Evangelho segundo S. João 14.1-14

1   Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2   Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
3   E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
4   E vós sabeis o caminho para onde eu vou.
5   Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?
6   Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
7   Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto.
8   Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.
9   Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
10   Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras.
11   Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
12   Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.
13   E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
14   Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

15/05/2014

Quinto Domingo de Páscoa – 18 de maio de 2014 (Ano A)

“Domine quo vadis?” (entre 1601 e 1602), Annibale Carracci (1560–1609)
O Senhor Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida

Somente o Senhor Jesus ressuscitado é "o caminho, e a verdade, e a vida" e nós somos aqueles que “vem ao Pai" unicamente por meio dele (João 14.6). Deus é, portanto, "glorificado no Filho", e aqueles que creem nele farão as obras de Cristo, porque ele vai ao Pai por nós (João 14.12-14). Santo Estêvão, um “homem cheio de fé e do Espírito Santo" (Atos 6.5), que "fazia prodígios e grandes sinais entre o povo" (Atos 6.8), fez as obras de Cristo. Quando ele foi falsamente acusado e condenado à morte, ele “fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita" (Atos 7.55). Fixando sua esperança lá, ele confiou seu espírito ao Senhor Jesus e orou por seus assassinos. Da mesma forma, todos os batizados são chamados a seguir o exemplo de Cristo Jesus pela fé. Apesar dele ter sido a pedra "reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" (1 Pedro 2.4). Ele é a Pedra Angular da "casa espiritual" do Pai e nós estamos construídos sobre ele como "pedras vivas" (1 Pedro 2.4-5). — LCMS Lectionary Summaries
Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Primeira Leitura: Atos 6.1-9; 7.2a, 51-60
† Salmo: Salmo 146 (antífona v. 2) 
† Epístola: 1 Pedro 2.2-10
† Santo Evangelho: S. João 14.1-14

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que fazes as mentes dos teus fiéis terem a mesma vontade, concede que possamos amar o que ordenas e desejar o que prometes, a fim de que, em meio às muitas mudanças deste mundo, nossos corações possam estar fixados onde se encontram as verdadeiras alegrias; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

14/05/2014

O verdadeiro bispo deve ter cuidado dos pobres


Depois da proclamação do Evangelho, o cuidado restante de um bom pastor é lembrar-se dos pobres. Pois, onde existe a Igreja, ali, é  necessário que haja pobres que, na maior parte, são os únicos discípulos verdadeiros do Evangelho, de acordo com as palavras de Cristo: “Aos pobres está sendo pregado o Evangelho”. [...] Numa palavra, a verdadeira religião sempre é pobre e Cristo se queixa de que teve fome, sede, de que era forasteiro, estava nu e enfermo , etc. Por outro lado, a impiedade está em flor e abunda com toda a espécie de bens. Por isso, o verdadeiro bispo deve, também, ter cuidado dos pobres. É isso que Paulo confessa que, também, se esforçou por fazer.

-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja (Comentário da Epístola aos Gálatas, 1935)

12/05/2014

Quarto Domingo de Páscoa

“O Homem das Dores com um Serafim e um Querubim” (c. 1485-1490), Andrea Mantegna (1431-1506)

~ Por suas chagas, fostes sarados. ~ 1 Pedro 2.24

11/05/2014

Domingo do Bom Pastor

Retábulo de Ghent: Adoração do Cordeiro (detalhe), entre 1425 e 1429, por Jan van Eyck (c. 1390–1441)
~ Pois o Cordeiro que está no meio do trono será seu pastor; vai conduzi-los até às fontes de água da vida. E Deus enxugar-lhes-á toda a lágrima dos olhos. ~ Apocalipse 7.17

Evangelho Dominical – Quarto Domingo de Páscoa (Ano A)

“Parábola do Bom Pastor”, Pieter Brueghel o Velho, gravado em 1565 por Philips Galle (1537–1612), New York, Metropolitan Museum of Art
Evangelho segundo S. João 10.1-10

1   Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.
2   Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas.
3   Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.
4   Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz;
5   mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.
6   Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.
7   Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.
8   Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido.
9   Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.
10   O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Quarto Domingo de Páscoa – Ano A (11 de maio de 2011)

"O Bom Pastor", William Dyce
O Senhor Jesus Cristo crucificado e ressuscitado é nosso Bom Pastor

Éramos "como ovelhas desgarradas", mas o Senhor Jesus Cristo sofreu e morreu voluntariamente por nós, “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2.24-25). Nós fomos sarados pelas suas chagas (1 Pedro 2.24) e em sua Ressurreição ele nos reúne junto dele como o nosso Bom Pastor, cuja justiça permite que todos "tenham vida e a tenham em abundância" (João 10.10). Agora, através de outros pastores que ele chama e envia em seu nome, ele protege e nos mantém nos pastos verdejantes de sua Igreja, levando-nos para junto das águas tranquilas do nosso Batismo e servindo a Festa de sua Mesa diante de nós. Visto que ele nos chamou pelo Evangelho para sermos suas ovelhas amadas, nós somos aqueles que "ouvem a sua voz" e lhe "reconhecem a voz" (João 10.3, 4) na pregação fiel do seu Evangelho e o seguimos pela fé. Quando recebemos o seu Evangelho, temos a vida abundante e a unidade de todo o rebanho sob um Bom Pastor, "na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (Atos 2.42). — LCMS Lectionary Summaries

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Atos 2.42-47
† Salmo: Salmo 23 (antífona v. 1)
† Epístola: 1 Pedro 2.19-25
† Santo Evangelho: S. João 10.1-10

ORAÇÃO DO DIA: 

Todo-poderoso Deus, Pai misericordioso, visto que despertaste da morte o Pastor de teu rebanho, concede-nos teu Espírito Santo para que, ao ouvirmos a voz de nosso Pastor, possamos reconhecer aquele que chama a cada um de nós pelo nome e segui-lo por onde ele nos levar; através do mesmo Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. — Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia)

08/05/2014

C. F. W. Walther sobre Lei e Evangelho

Dr. C. F. W. Walther pregando sobre uma carroça na Conferência Inglesa de 1872 (Desenho de Wm. M. Lawson, Chicago, EUA)
Comparando a Sagrada Escritura com outros escritos, observamos que nenhum livro é aparentemente tão cheio de contradições como a Bíblia, e que, não apenas em pontos de menor importância, mas no assunto principal, na doutrina de como podemos vir a Deus e ser salvos. Num lugar, a Bíblia oferece perdão a todos os pecadores; em outro lugar, o perdão dos pecados é retido a todos os pecadores. Numa passagem, a vida eterna é oferecida livremente a todos os seres humanos; em outra, requer-se que façam alguma coisa pessoalmente para que possam ser salvos. Esse enigma é resolvido, quando refletimos no fato de que nas Escrituras há duas doutrinas inteiramente diferentes entre si, a doutrina da Lei e a doutrina do Evangelho.

-- C. F. W. Walther, doutor e pastor em A correta distinção entre Lei e Evangelho, pág. 26.

07/05/2014

Comemoração de C. F. W. Walther, Teólogo - 7 de maio


Hoje a Igreja Luterana celebra a memória de Carl Ferdinand Wilhelm Walther (1811-1887), um grande pastor e teólogo que nos ajudou a conservar o legado evangélico de Martinho Lutero. Nasceu na Saxônia. Foi educado na Universidade de Leipzig e se tornou um pastor e professor na Saxônia antes de emigrar, em 1839, com outros luteranos, que se estabeleceram em Missouri (EUA). Walther serviu como pastor de várias congregações em St. Louis, fundou o Concordia Seminary e em 1847 foi fundamental para a formação da Igreja Luterana - Sínodo de Missouri (então chamada Deutsche Evangelisch-Lutherische Synode von Missouri, Ohio und anderen Staaten - Igreja Evangélica Luterana Sínodo de Missouri, Ohio e outros Estados). Walther trabalhou incansavelmente para promover o ensino confessional luterano e concordância doutrinária entre todos os luteranos nos Estados Unidos. Foi um prolífico escritor e orador. Entre suas obras mais influentes se destacam “Igreja e Ministério” e “A correta distinção entre Lei e Evangelho”.

LEITURAS:

† Salmo 46
† Isaías 55.6-11
† Romanos 10.5-17
† São João 15.1-11

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor Deus, Pai Celestial, nós oramos para que, assim como tu levantaste C. F. W. Walther para guiar o teu povo na revalorização de sua herança confessional e confiança no Evangelho salvífico de Jesus Cristo, continues a dar-nos pastores e líderes fiéis, mantendo-os firmes em tua graça e verdade, defendendo-os contra todos os inimigos da tua Palavra e concede à Igreja militante de Cristo tua paz salvadora; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

06/05/2014

A liturgia nas vocações diárias do povo redimido de Cristo

Páscoa 2011 na St. Paul Lutheran Church (LC-MS), Bonduel, EUA.

A liturgia se inicia na Fonte, Púlpito e Altar, e continua nas vocações diárias do povo redimido de Cristo.

~ Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ~ Romanos 12.1-2

04/05/2014

Evangelho Dominical – Terceiro Domingo de Páscoa (Ano A)

“A Ceia em Emaús” (1808), Willem Herreyns (1743-1827)

Evangelho segundo S. Lucas 24.13-35

13   Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14   E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas.
15   Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
16   Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer.
17   Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos.
18   Um, porém, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?
19   Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo,
20   e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21   Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.
22   É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo;
23   e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive.
24   De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram.
25   Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
26   Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?
27   E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
28   Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante.
29   Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles.
30   E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu;
31   então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles.
32   E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
33   E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,
34   os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!
35   Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Terceiro Domingo de Páscoa – Ano A (4 de maio de 2014)

“A Ceia em Emaús”, Philippe de Champaigne (1602-1674)

O Senhor Jesus Ressuscitado está conosco no Santo Batismo e no "partir do pão"

Desde "antes da fundação do mundo" até que céu e terra passem "a palavra do Senhor permanece para sempre" (1 Pedro 1.20, 25). Essa "palavra de Deus, viva e que permanece para sempre", é a pregação de Jesus Cristo, isto é, que Deus "o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória" (1 Pedro 1.21, 23). Por intermédio dessa palavra viva nós fomos "regenerados" para a vida eterna (1 Pedro 1.23) e resgatados da nossa vida pecaminosa e mortal "com o precioso sangue de Cristo" (1 Pedro 1.18-19). Esta palavra viva também nos chama para se arrepender, morrer e ressuscitar no Santo Batismo "em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados" (Atos 2.38). No Santo Batismo recebemos o Espírito Santo "para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe" (Atos 2.39). Através da pregação de sua Cruz e Ressurreição, Jesus se aproxima para nos fazer entrar "na sua glória" (Lucas 24.26). Assim como Ele abre as Escrituras, Ele também abre nossas mentes para compreender as coisas "que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (Lucas 24.27) e nos leva a conhecê-lo "no partir do pão" (Lucas 24.35).

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Atos 2.14a, 36-41
† Salmo: Salmo 116.1-14 (antífona v. 5)
† Epístola: 1 Pedro 1.17-25
† Santo Evangelho: S. Lucas 24.13-35

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que através da humilhação de teu Filho levantaste o mundo caído, concede que teu povo fiel, resgatado dos perigos da morte eterna, viva em alegria perpétua; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.