30/09/2014

Comemoração de São Jerônimo, Tradutor da Sagrada Escritura – 30 de setembro

“São Jerônimo em seu Estudo” (1541), Antonio da Fabriano II (em atividade c. 1451-1489)

Jerônimo nasceu em uma pequena aldeia do Mar Adriático, por volta do ano 345 d. C. Ainda jovem, foi estudar em Roma, onde foi batizado. Depois de extensas viagens, escolheu a vida de monge e passou cinco anos no deserto sírio. Lá, aprendeu hebraico, a língua do Antigo Testamento. Após sua ordenação em Antioquia e visitas a Roma e Constantinopla, Jerônimo estabeleceu-se em Belém. Usou sua habilidade com idiomas para traduzir a Bíblia a partir do original em hebraico, aramaico e grego, para o latim, a língua comum do seu tempo. Essa tradução, chamada de Vulgata, foi a versão oficial da Bíblia na Igreja ocidental em todo o mundo por mais de mil anos. Considerado um dos grandes sábios da Igreja Antiga, Jerônimo morreu no dia 30 de setembro de 420. Ele foi inicialmente sepultado em Belém, mas seus restos mortais foram finalmente levados para Roma.

LEITURAS:

† Salmo 19.7-11(12-14) ou 119.97-104
† 2 Timóteo 3.14-17
† São Lucas 24.44-48


ORAÇÃO DO DIA:
 

Ó Senhor, Deus da verdade, a tua Palavra é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Tu deste a teu servo Jerônimo alegria no estudo da tua Sagrada Escritura. Permite aos que continuam a ler, anotar, aprender e meditar a tua Palavra no coração, encontrar nela o alimento da salvação e o manancial da vida; através de Jesus Cristo nosso Senhor, que vive e reina contigo eo Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 771)

29/09/2014

Festa de São Miguel e Todos os Anjos – 29 de setembro

“Arcanjo Miguel lança os anjos rebeldes no abismo” (c. 1666), Luca Giordano (1632–1705)
O nome do arcanjo São Miguel significa “Quem é como Deus?” Miguel é mencionado no livro de Daniel (12.1), bem como em Judas (v. 9) e Apocalipse (12.7). Daniel retrata Miguel como o ajudador angelical de Israel que lidera a batalha contra as forças do mal. Em Apocalipse, Miguel e seus anjos combatem e derrotam Satanás e os anjos maus, lançando-os do céu. Sua vitória é possível graças a vitória de Cristo sobre Satanás na sua morte e ressurreição, uma vitória anunciada pela voz no céu: “Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo” (Apocalipse 12.10). Miguel é frequentemente associado com Gabriel e Rafael, os outros anjos principais ou arcanjos que circundam o trono de Deus. A tradição designa Miguel como o patrono e protetor da Igreja, especialmente como o protetor dos cristãos na hora da morte.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Daniel 10.10-14; Daniel 12.1-3
† Salmo: Salmo 91 (antífona vers. 11 )
† Epístola: Apocalipse 12.7-12
† Santo Evangelho: São Mateus 18.1-11 ou São Lucas 10.17-20

ORAÇÃO DO DIA:

Deus eterno, tu ordenaste e constituíste o serviço dos anjos e dos homens numa ordem maravilhosa. Concede misericordiosamente que, assim como teus santos anjos sempre servem e adoram a ti no céu, igualmente, por tua ordem eles também possam ajudar e nos defender aqui na terra; através de teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 768)

Evangelho do Dia – Festa de São Miguel e Todos os Anjos

“Um anjo e um demônio lutando pela alma de uma criança” (séc. XVII), Giacinto Gimignani (1606–1681)

Evangelho segundo S. Mateus 18.1-11

1  Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?
2 E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles.
3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.
4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.
6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.
7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!
 8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
9 Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
10 Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste.
11 Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

22/09/2014

Jesus é maior do que Jonas

Ilustração em Biblia ectypa: Bildnussen auss Heiliger Schrifft Alt und Neuen Testaments, de autoria de Christoph Weigel (1654 – 1725)

"Os ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas." (Mateus 12.41 ARC)

Comemoração do Santo Profeta Jonas – 22 de setembro


Um profeta singular entre tantos do Antigo Testamento, Jonas, filho de Amitai, nasceu cerca de uma hora de caminhada da cidade de Nazaré. O foco de seu ministério profético foi o chamado para pregar em Nínive, a capital da Assíria pagã (Jn 1.2). Sua relutância em responder e a insistência de Deus de que seu chamado fosse atendido é a história do livro que leva o nome de Jonas. Embora o fato de Jonas ter sido engolido e depois vomitado pelo grande peixe seja o detalhe mais lembrado de sua vida, o fato é abordado em apenas três versículos do livro (Jn 1.17; 2.1, 10). Ao longo do livro, o tema importante é a forma como Deus trata compassivamente os pecadores. A permanência de Jonas no ventre do peixe por três dias é mencionada por Jesus como um sinal de sua própria morte, sepultamento e ressurreição (Mt 12.39-41).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai Celestial, por intermédio do profeta Jonas, tu continuaste o modelo profético de ensinar a teu povo a verdadeira fé e demonstrar através dos milagres a tua presença na criação para curá-la de sua ruína. Concede que tua Igreja possa ver em teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o último profeta do fim dos tempos, cujos ensinamentos e milagres continuam na tua Igreja através da medicina curativa do Evangelho e do Sacramento, através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 747)

20/09/2014

Comemoração de Madalena Lutero – 20 de setembro

“Madalena Lutero” (1540), Lucas Cranach, o Velho (c. 1472 –1553)
Madalena Lutero (1529-1542) foi a terceira criança e segunda menina do reformador Martinho Lutero e sua esposa Catarina von Bora. Madalena nasceu em Wittenberg, mas foi a única filha do casal que sobreviveu, visto que sua irmã mais velha, Elisabete, morreu antes dela nascer, com sete meses de vida. Madalena era uma filha muito querida e era chamada afetuosamente de “Lenchen” (Leninha) dentro da família. Numa carta, Lutero convidou Nicolau Amsdorf para ser padrinho de Madalena e testemunhar sua entrada na “santa cristandade através do santo e precioso sacramento do batismo”. Madalena morreu precocemente com a idade de treze anos após uma prolongada enfermidade. As Cartas de Lutero e as Conversas à Mesa testificam que a morte da pequena Madalena foi um momento de extrema provação para a família, mas também de grande confiança no Salvador. Quando a doença de Madalena se agravou, Lutero disse: "Eu a amo muito. Mas se é tua vontade levá-la, querido Deus, vou ficar feliz em saber que ela está contigo". Lemos ainda que quando Madalena “estava na agonia da morte, ele [Martinho Lutero] caiu de joelhos diante da cama e, chorando amargamente, orou a fim de que Deus pudesse salvá-la. Assim, ela expirou nos braços de seu pai. Sua mãe estava no mesmo quarto, porém mais afastada da cama por conta de sua dor”. No sepultamento, Lutero disse: "Enviei uma santa para o céu. Na verdade, eu já enviei duas", referindo-se a Madalena e também a Elisabete, a primeira menina.

19/09/2014

Décimo Quinto Domingo após Pentecostes – 21 de setembro de 2014 (Próprio 20 – Ano A)

“A Parábola da Vinha” (2011), Andrey N. Mironov (Rússia)
Os discípulos vivem em suas vocações pela graça mediante a fé em Cristo

Aqueles que são enviados como “trabalhadores para a sua vinha” (Mt 20.1) representam a grande diversidade de vocações para quais os discípulos de Cristo Jesus são chamados. Sejam quais forem nossas ocupações na vida, somos chamados a viver e a servir pela fé nas promessas do Senhor. Nosso trabalho não nos torna dignos de nada diante d'Ele, pois Ele já é generoso para com cada um e para com todas as pessoas, sem parcialidade. Em misericórdia Ele escolheu suportar “a fadiga e o calor do dia” em nosso favor, para nos tornar iguais a Ele e dar-nos o que Lhe pertence, ou seja, o reino dos céus (Mt 20.12-15). Esta maneira de agir do Senhor é loucura para o mundo e estranho para a nossa mentalidade, mas Ele “está perto”, para que ser achado (Is 55.6), Ele “se compadecerá”, “porque é rico em perdoar” (Is 55.7). Desta forma é que somos achados em Cristo Jesus e Ele é engrandecido em nossos corpos, “seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20), seja pelo trabalho frutífero (Fp 1.22) ou pelo sofrimento. É pela fé em seu perdão que nossas obras são dignas “do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 55.6-9
† Salmo: Salmo 27.1-9 (antífona v. 4a)
† Epístola: Filipenses 1.12-14, 19-30
† Santo Evangelho: S. Mateus 20.1-16

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai celestial, visto que não podemos ficar diante de ti confiando em algo que fizemos, ajuda-nos a confiar em tua graça permanente e a viver de acordo com a tua Palavra; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

16/09/2014

Comemoração de São Cipriano de Cartago, Pastor e Mártir – 16 de setembro

“São Cipriano” (1535/40), Mestre de Meßkirch ou Mestre de Messkirch (ativo c. 1515 - 1540)
Cipriano (c. 200-258 d. C.) foi aclamado bispo da cidade de Cartago, no norte da África, por volta do ano 248. Durante a perseguição do imperador romano Décio, Cipriano fugiu de Cartago, mas retornou dois anos depois. Ele foi, então, compelido a lidar com a questão dos cristãos que tinham decaído de sua fé diante da perseguição e queriam voltar para a Igreja. Foi decidido que esses cristãos decaídos poderiam ser restituídos, mas essa sua reintegração poderia acontecer somente após um período de penitência que demonstrasse sua fidelidade. Durante a perseguição do imperador Valeriano, Cipriano inicialmente se escondeu, mas depois entregou-se às autoridades. Ele foi decapitado por causa da fé em Cartago, em setembro de 258 d. C.

LEITURAS:

† Salmo 116.10-17
† Miqueias 4.1-5
† 1 Pedro 5.1-4, 10-11
† São João 10.11-16 

ORAÇÃO DO DIA:

Deus Todo-Poderoso, tu deste a teu servo Cipriano ousadia para confessar o nome de nosso Salvador, Jesus Cristo, diante dos governantes deste mundo e coragem para morrer por causa da fé que ele proclamou. Concede-nos vigor para sempre estarmos prontos a dar a razão da esperança que há em nós e sofrer alegremente pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2009. p. 728)

13/09/2014

Dia da Santa Cruz – 14 de setembro

“A Crucificação” (c. 1675), Bartolome Estaban Murillo  (c. 1617-1682)

Uma das mais antigas celebrações anuais da Igreja, o Dia da Santa Cruz tradicionalmente comemora a descoberta da cruz original de Jesus em 14 de setembro de 320, em Jerusalém. A cruz foi encontrada por Helena, mãe do imperador romano Constantino, o Grande. Juntamente com a dedicação de uma basílica no local da crucificação e ressurreição de Jesus, este dia festivo foi oficializado por ordem de Constantino em 335 d. C. Helena, uma cristã devota, ajudou a localizar e autenticar muitos locais relacionados à vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus nas terras bíblicas. O Dia da Santa Cruz perdurou tanto no cristianismo oriental quanto ocidental. Por isso, muitas paróquias luteranas escolheram usar “Santa Cruz” como o nome de suas congregações.

Cor litúrgica: Vermelha

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Números 21.4-9
† Salmo: Salmo 40.1-11 (antífona vers. 13 )
† Epístola: 1 Coríntios 1.18-25
† Santo Evangelho: S. João 12.20-33

ORAÇÃO DO DIA:

Misericordioso Deus, teu Filho, Jesus Cristo, foi levantado na cruz para que pudesse levar os pecados do mundo e atrair todas as pessoas a ti. Concede que nós, que gloriamos na sua morte para a nossa redenção, possamos atender fielmente ao teu chamado para suportar a cruz e seguir a Ele, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 721,722)

A Mensagem da Cruz é loucura

"Nosso Salvador", por Mina Anton (Egito)

A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão com o Espírito Santo sejam com todos vós. Amém.

Dos textos lidos destaco os seguintes versos: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” Que Deus Espírito Santo guarde estas palavras em vossas mentes e corações. Amém.

Oremos: Gracioso Deus, Pai de infinita misericórdia, nós sabemos, por tua santa Palavra, que o orgulho é um pecado muito grave e que oferece risco a nossa salvação. No entanto, ó Senhor, existe um orgulho bom e que tu gostas, nós nos orgulhamos somente na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para nós, e nós estamos mortos para o mundo. Conserva-nos neste santo orgulho e que vivamos todos os dias debaixo da Cruz de Cristo. Pelo mesmo Cristo, amém.

Nós vivemos cercados por diferentes tipos de marcas comerciais. Alguns produtos nem conhecemos pelo seu nome original. O grande objetivo das companhias é de imprimir nas nossas mentes a suas marcas. Algum tempo atrás estava lendo um artigo sobre publicidade e propaganda. Neste artigo o escritor afirmava que a cristandade teve uma ideia genial, pois com apenas duas linhas, a cruz, gravou o seu slogan na mente das pessoas.

Quando olhamos as páginas da Escritura Sagrada, vemos o intenso desejo que Deus tem de salvar o homem e restabelecer com ele uma perfeita comunhão. Na história da salvação, a cruz de Cristo é o ápice, pois, as promessas do Antigo Testamento apontam para a obra de Cristo, especialmente apontam para a Cruz. O nosso presente, o nosso futuro depende da obra que Cristo fez na cruz.

No entanto, o Apóstolo Paulo afirma na Epístola: “De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo”. Como pode ser loucura a mensagem que nos trouxe a salvação? Qual é o problema da cruz?

Lutero em seu Sermão intitulado “Contemplação sobre o Santo sofrimento de Cristo” indica duas formas de contemplar o sofrimento de Cristo na cruz: 1) a cruz aponta para o pecado; 2) colocar tudo aos pés da cruz de Cristo.

Lutero começa afirmando que o sofrimento de Cristo na cruz é meditado autenticamente por aquelas pessoas que ao verem a cruz, leva um susto com o rigor pelo qual Deus olha o pecado. A cruz aponta para o teu pecado, para o meu pecado.

Ao lerem o relato da crucificação, muitas pensam: “os judeus são maus, eles mataram Jesus, o filho de Deus”. Este pensamento é um grande erro. O profeta Isaías escreve: “Ele foi preso, condenado e levado para ser morto, e ninguém se importou com o que ia acontecer com ele. Ele foi expulso do mundo dos vivos, foi morto por causa dos pecados do nosso povo” (Is 53.8).

Lutero continua sua contemplação sobre o sofrimento de Cristo e diz: “Quando você vê os pregos que perfuraram as mãos de Cristo, você pode ter certeza que aqueles pregos são o teu trabalho. Quando você vê a coroa de espinhos que Cristo suportou, você pode ter certeza de que estes são os seus maus pensamentos e outros pecados”. A cruz aponta para o teu pecado, para o meu pecado.

Em Números, leitura do Antigo Testamento, ouvimos sobre uma serpente de bronze. Deus havia recém libertado o povo de Israel. Ele havia providenciado para eles: comida, água, e tudo o que era necessário. Poderíamos pensar: o povo deve estar muito feliz com o cuidado de Deus. Mas não é isto que lemos. Eles viram Deus agindo em favor deles de fora poderosa, mas eles reclamaram tanto de Deus, que o Senhor julgou o seu povo com severidade e enviou serpentes venenosas e muitos morreram.

Este coração de pedra não é exclusividade do antigo povo de Deus. Este coração de pedra é o normal de todo nós. Quando você ver num quadro a cena da crucificação, lembre das seguintes palavras de Bach: “Os meus pecados bateram em ti, oh Senhor Jesus, sou culpado, por tudo que teve que suportar”. A cruz mostra o teu pecado. A Cruz mostra o meu pecado.

Sobre Jesus, Isaías escreve: “era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando” (Is 53.4). A cruz aponta para o pecado. A cruz aponta para a seriedade pelo qual Deus vê o pecado.

A cruz aponta para o pecado. Mas também mostra que Jesus carregou o pecado, o sofrimento, a dor e cravou na cruz. Cristo fez isto por causa em sua infinita misericórdia, pois, Ele nunca abandona o seu povo no pecado. Ele sempre trouxe e continua trazendo salvação e perdão.

Eu gostaria de enfatizar está frase: Deus nunca abandona o seu povo no seu pecado. No deserto, o povo pecou contra Deus. O Criador poderia ter deixado eles de lado, mas ele não o fez. Deus ordenou que Moisés construísse uma serpente e todos que olhassem para ele seria salvo da morte.

Sabe por que Deus fez isto? Deus salvou o seu povo no deserto por que Ele nunca abandona o seu povo no pecado. O Deus que salvou no passado continua o mesmo. Ele não mudou. Escutem bem, Deus não te abandona no teu pecado.

A serpente de bronze era uma imagem, uma representação do próprio Cristo. O evangelista escreve: “Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna” (Jo 3.14-15).

E por que Deus levou o seu próprio filho para cruz? Por que Ele suportou a cruz? Ele suportou a cruz por que Ele não te abandona no teu pecado. A prova disto é João 3.16: “porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo” (Jo 3.16-17).

Bach em sua música diz: “Cristo deixou o colo de seu pai e veio para a Terra. De uma pura e graciosa virgem, ele nasceu para ti! Ele queria ser o teu mediador. Para os mortos, ele deu a vida, e tirou todas as doenças, então chegou o tempo que ele seria sacrificado por ti, Jesus suportou o pesado fardo de teu pecado na cruz”.

Jesus nunca te abandona no teu pecado. Ele pegou a acusação que estava sobre ti e a cravou na cruz. O Apóstolo Paulo afirma: “Antigamente vocês estavam espiritualmente mortos por causa dos seus pecados e porque eram não-judeus e não tinham a lei. Mas agora Deus os ressuscitou junto com Cristo. Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz”.

A cruz aponta para o pecado, mas especialmente aponta a forma pelo qual Cristo resolveu o problema do pecado. Ele morreu na cruz para te libertar do poder do pecado, por que Ele não te abandona no teu pecado.

A segunda forma como contemplamos a cruz de Cristo é como fonte de consolo. Cristo cravou o pecado na cruz, não precisamos carrega-lo, mas sim colocá-lo aos pés da cruz.

Muitas pessoas carregam imensas cargas. Muitas pessoas passam a vida inteira carregando o pesado fardo da culpa. Pais e mães carregando culpa em relação aos seus filhos. Filhos carregando a culpa de não ter dado a devida atenção quando eles ainda estavam em vida.

Muitos pais cristãos, tementes a Deus, carregam enorme tristeza por que os filhos nada querem saber da igreja. Pais pensam: “aonde erramos, nós trouxemos para Igreja, eduquemos na fé, o que aconteceu de errado?” Assim estes pais carregam nos corações e mentes o peso da culpa.

A recomendação é: “coloque tudo, absolutamente tudo, o que pesa e rouba a tua alegria como filho de Deus aos pés da cruz de Cristo”. Não deixe que nada roube a tua alegria como filho de Deus, olhe para cruz e deposite sobre a ela a tua dor, o teu sofrimento. Pois, Jesus já carregou na cruz todos os nossos pecados todas as nossas dores.

Meus caros irmãos, irmãs, prezados convidados. Eu comecei este sermão falando sobre algumas marcas, somos cercados por diferentes marcas, no entanto, para nós cristãos somente uma marca é necessária. Uma marca composta apenas de duas linhas, a cruz.

No teu batismo, o pastor colocou sobre ti a marca mais importante ao dizer as seguintes palavras: “Recebe o sinal da cruz tanto na fronte, como peito em sinal do teu resgate por Cristo crucificado”. A mensagem da cruz é prova que Deus não te abandona no teu pecado.

Que a paz conquistada na cruz, guarde e preserve a tua mente e o teu coração para vida eterna. Amém.

Rev.  Elissandro Ribeiro da Silva
Igreja Luterana Unidos em Cristo - Ponta Grossa/PR


FOLHETO LITÚRGICO PARA CELEBRAÇÃO DO DIA DA SANTA CRUZ

07/09/2014

Evangelho Dominical – Terceiro Domingo após Pentecostes (Próprio 18 – Ano A)

“O Maior no Reino do Céu é como uma Criança”, do livro "Treasures of the Bible", por Henry Davenport Northrop (1894)
Evangelho segundo S. Mateus 18.1-20

 1 Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?
 2 E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles.
 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.
 4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
 5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.
 6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.
 7 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!
 8 Portanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.
 9 Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
 10 Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste.
 11 Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.
 12 Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou?
 13 E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.
 14 Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.
 15 Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.
 16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
 17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.
 18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.
 19 Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.
 20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

06/09/2014

Décimo Terceiro Domingo após Pentecostes – 07 de setembro de 2014 (Próprio 18 – Ano A)


“Cristo mostrando uma criancinha como emblema do céu” (1790), Benjamin West (1738 –1820)
Vivendo como filhinhos humildes do Pai

A verdadeira grandeza não é a força auto-suficiente, mas a humildade como a de uma criancinha. A grandeza da fé inocente recebe todas as coisas boas como graciosas dádivas de nosso Pai no céu. À parte de tal fé "de modo algum entrareis no reino dos céus", mas aquele que é humilde como uma criancinha será "o maior no reino dos céus" (Mt 18.3-4). Ainda que em nosso pecado mereçamos ser "afogado na profundeza do mar" (Mt 18.6), ao invés disso, fomos afogados (“sepultados”) com Cristo no Santo Batismo e então ressuscitados para uma nova e humilde vida de um filho de Deus. O Senhor envia o seu atalaia para nos avisar com a palavra da sua boca, a fim de que não venhamos a morrer na nossa iniquidade, mas nos convertamos de nosso orgulho e egoísmo para a vida (Ez 33.7-9). Assim vivemos em humildade e fé diante de Deus, bem como no amor para com o próximo, que é "o cumprimento da lei" (Rm 13.10). No temor reverente a Deus, não fazemos mal ao próximo, mas damos "a cada um o que é devido" (Rm 13.7) e não devemos "nada a ninguém, a não ser o amor de uns para com os outros" (Rm 13.8). — LCMS Lectionary Summaries

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Ezequiel 33.7-9
† Salmo: Salmo 32.1-7 (antífona v. 1)
† Epístola: Romanos 13.1-10
† Santo Evangelho: S. Mateus 18.1-20

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, de quem procede todo o bem, concede a nós, teus humildes servos, tua santa inspiração, a fim de colocarmos nossas mentes nas coisas que são corretas e realizá-las pela tua misericordiosa orientação; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
— Culto Luterano: Lecionários (Editora Concórdia)

05/09/2014

Comemoração dos Santos Zacarias e Isabel – 5 de setembro

Imagem: “São João, Santa Isabel e São Zacarias”, José Rodrigues Nunes (1800–1881) no Museu de Arte da Bahia.
Zacarias e Isabel “eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor” (Lc 1.6). Zacarias, sacerdote no templo de Jerusalém, foi saudado pelo anjo Gabriel que anunciou que ele e sua esposa Isabel se tornariam os pais de um filho. Inicialmente Zacarias não creu no anúncio de Gabriel por causa de sua avançada idade. Por causa da sua descrença, Zacarias ficou mudo. Depois que seu filho nasceu, Isabel deu o nome de João ao menino. Zacarias confirmou a escolha de sua esposa e sua fala foi restaurada. Em resposta, ele cantou o Benedictus, um magnífico sumário das promessas de Deus no Antigo Testamento e uma predição da obra de João como precursor de Jesus (Lc 1.68-79). Zacarias e Isabel são lembrados como exemplos de fidelidade e piedade.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, o único que formas todas as crianças na madre, tu escolheste servos improváveis — idosos e sem filhos — para conceber e serem pais do precursor de Cristo e, assim fazendo, demonstraste mais uma vez a tua força na fraqueza. Concede a nós, que somos tão improváveis e indignos quanto Zacarias e Isabel, a oportunidade de te amar e servir de acordo com a tua boa e graciosa vontade; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, agora e sempre. Amém. 

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 693-694)

04/09/2014

Como você chegou à igreja domingo de manhã?


Como você chegou à igreja domingo de manhã? Veja como o Pastor Jeff Horn, missionário da Igreja Luterana na Papua Nova Guiné, viajou para chegar na igreja no último domingo:

"A viagem para pregar na congregação do outro lado do Rio Lai correu bem. Estou feliz em relatar que mantive minha meta de NÃO estar com a calça molhada no púlpito. Atravessar o rio parece ser mais difícil do que realmente era, apesar de ter sido interessante entrar e sair dele. Depois disso tivemos uma bela caminhada próximo da margem do rio, ao lado de um córrego, por uma plantação de pés de café e finalmente atravessar uma cascata para chegar à congregação. Havia passado bastante tempo desde a última vez que um missionário tinha ido lá, e eles estavam muito felizes. Preguei sobre o capítulo 6 de João. Tivemos muitas catequeses sobre o Primeiro Artigo, a Fé, o Batismo, a Ceia e, é claro, sobre Cristo crucificado. Espero poder ir para a congregação-irmã no próximo mês."

Traduzido da página da The Lutheran Church--Missouri Synod no Facebook

Comemoração do Santo Profeta Moisés - 4 de setembro

“Moisés” (1638), José de Ribera (1591–1652)

Moisés nasceu no Egito várias gerações após José ter levado seu pai Jacó e seus irmãos até lá para fugirem da fome na terra de Canaã. Os descendentes de Jacó foram escravizados pelos egípcios e receberam ordens para não deixar viver seus meninos. Quando Moisés nasceu, sua mãe o colocou em um cesto para flutuar no rio Nilo. Ele foi encontrado pela filha do Faraó e criado por ela como seu próprio filho (Êx 2.1-10). Aos 40 anos de idade Moisés matou um feitor egípcio e fugiu para a terra de Midiã, onde trabalhou como pastor por 40 anos. Então o Senhor o chamou de volta ao Egito para dizer ao Faraó: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (Êx 5.1). Finalmente o Faraó cedeu e, após os israelitas celebrarem a primeira Páscoa, Moisés os conduziu para fora. No Mar Vermelho, o exército egípcio foi destruído e os israelitas passaram seguros em terra seca (Êx 12-15). No Monte Sinai, receberam a Lei e erigiram o Tabernáculo (Êx 19-40). Mas, por causa da desobediência tiveram que vagar pelo deserto por quarenta anos. O próprio Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida, embora Deus lhe permitiu avistá-la (Dt 34). No Novo Testamento, Moisés é referido como legislador e profeta. Os cinco primeiros livros da Bíblia são atribuídos a ele.

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai Celestial, por intermédio do profeta Moisés, tu iniciaste o modelo profético de ensinar a teu povo a verdadeira fé e demonstrar através dos milagres a tua presença na criação para curá-la de sua ruína. Concede que tua Igreja possa ver em teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o último profeta do fim dos tempos, cujos ensinamento e milagres continuam na tua Igreja através da medicina curativa do Evangelho e do Sacramento, através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 690-691)

03/09/2014

Comemoração de São Gregório Magno, Pastor – 3 de setembro

“São Gregório Magno” (1797), Francisco Goya (1746-1828)
Um dos grandes líderes na Europa no final do século VI, Gregório atuou em ambas as áreas secular e sagrada de sua época. Como prefeito de Roma, restaurou a vitalidade econômica de sua cidade natal, que havia sido enfraquecida por invasões inimigas, pilhagem e peste. Depois ele vendeu suas extensas propriedades e doou a renda para ajudar os pobres, entrou no serviço em tempo integral na Igreja. Em 3 de setembro de 590 d. C., Gregório foi eleito para liderar a igreja em Roma. Como Bispo de Roma, supervisionou as mudanças e crescimento nas áreas de música da igreja e do desenvolvimento litúrgico, a expansão missionária para o norte da Europa, bem como o estabelecimento de um calendário do ano da igreja ainda hoje usado por muitas igrejas no mundo ocidental. Seu livro sobre o cuidado pastoral serviu como um padrão até o século XX.

LEITURAS:

† Salmo 57.6-11
† 1 Crônicas 25.1a, 6-8
† Colossenses 1.28 – 2.3
† S. Marcos 10.42-45

ORAÇÃO DO DIA:

Onipotente e misericordioso Deus, tu levantaste Gregório de Roma para ser um pastor para aqueles que pastoreiam o rebanho de Deus e inspirou-o a enviar missionários para pregar o Evangelho ao povo inglês. Preserva em tua igreja a fé católica e apostólica pra que o teu povo continue a ser frutífero em toda boa obra e receba a coroa da glória que nunca se desvanece; através de Jesus Cristo nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 687)

02/09/2014

Comemoração de Santa Ana, Mãe do Profeta Samuel – 2 de setembro

“Profetisa Ana” (1639), Rembrandt van Rijn (1606-1669)
Ana era a esposa favorita de Elcana, o efraimita, e a mãe devota do profeta Samuel. Ana o concebeu após anos de amarga esterilidade (1 Samuel 1.6-8) e fervorosas orações por um filho (1.9-18). Depois que desmamou seu filho, Ana expressou sua gratidão, levando-o para servir na casa do Senhor em Siló (1.24-28). A sua oração (salmo) de ação de graças (2.1-10) começa com as palavras: “O meu coração exulta no Senhor, o meu poder está exaltado no Senhor”. Esta canção prenuncia o Magnificat, o Cântico de Maria, séculos mais tarde (S. Lucas 1.46-55). O nome Ana deriva da palavra hebraica para “graça”. Ela é lembrada e honrada por ter mantido jubilosamente o voto que fez antes do nascimento de seu filho, oferecendo-o para o serviço permanente a Deus.

ORAÇÃO DO DIA:

Deus, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas. Tu olhaste para a aflição da tua serva estéril Ana e não te esqueceste dela, mas respondeste suas orações com a dádiva de um filho. Ouça nossas súplicas e petições e preenche nosso vazio, concedendo-nos o confiar em tua provisão, para que nós, assim como Ana, possamos render a ti toda a gratidão e louvor e regozijar no nascimento milagroso de teu Filho, Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 683-684)

01/09/2014

Comemoração de Josué, Filho de Num – 1 de setembro


Josué, filho de Num, da tribo de Efraim, é mencionado pela primeira vez em Êxodo 17, quando foi escolhido por Moisés para lutar contra os amalequitas, a quem derrotou numa brilhante vitória militar. Ele foi colocado no comando da tenda da congregação (Êxodo 33.11) e foi um dos representantes tribais enviados para inspecionar a terra de Canaã (Números 13.8). Mais tarde, foi designado por Deus para suceder a Moisés como comandante supremo de Israel. Ele acabou por conduzir os israelitas através do rio Jordão para a Terra Prometida e dirigiu a captura de Jericó pelos israelitas. Josué é lembrado especialmente por seu discurso final aos israelitas, em que desafiou-os a servir a Deus fielmente (Josué 24.1-27), concluindo com as palavras memoráveis: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (24.15).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus Cristo, teu servo Josué conduziu os filhos de Israel através das águas do rio Jordão para a terra que mana leite e mel. Visto que és o nosso Josué, guia-nos, nós rogamos, através das águas do nosso batismo para a prometida terra de nossa morada eterna, onde tu vive e reina com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 680)