30/11/2017

Santo André, Apóstolo – 30 de novembro

"Santo André orando antes de seu martírio" (1643), Carlo Dolci (1616–1686)
Cor: Vermelha 

Santo André, irmão de Simão Pedro, nasceu no vilarejo de Betsaida da Galileia. Originalmente um discípulo de São João Batista, André depois se tornou o primeiro dos discípulos de Jesus (João 1.35-40). Seu nome aparece regularmente nos Evangelhos próximo ao topo nas listas dos Doze. Foi ele quem apresentou pela primeira vez o seu irmão Simão a Jesus (João 1.41-42). Ele foi, no verdadeiro sentido, o primeiro missionário em sua casa, assim como o primeiro missionário aos estrangeiros (João 12.20-22). A tradição diz que André foi martirizado através da crucificação em uma cruz em forma de X. Em 357 d.C., o seu corpo teria sido levado para a Igreja dos Santos Apóstolos em Constantinopla e, posteriormente, removido para a catedral de Amalfi, na Itália. Séculos depois André se tornou o santo patrono da Escócia. O Dia de São André determina o início do Ano da Igreja Ocidental, já que o primeiro domingo do Advento é sempre no domingo mais próximo ao dia de Santo André. 

LEITURAS:

Ezequiel 3.16-21
Salmo 139.1-12 (antífona v. 17)
Romanos 10.8b-18
João 1.35-42a

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, por tua graça, o apóstolo André obedeceu ao chamado de teu Filho para ser um discípulo. Concede-nos também seguir no coração e vida o mesmo Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 969)

23/11/2017

Clemente de Roma: O relator da morte de Paulo e Pedro

O texto biográfico abaixo é proveniente do livro "Da nuvem de testemunhas: 33 biografias curtas", de Isolde Mohr Frank, publicado em 2007 pelo Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), de São Leopoldo (RS).

Clemente de Roma (010 - 100)

O relator da morte de Paulo e Pedro

Não sabemos nada da juventude de Clemens, na Bíblia chamado de Clemente. Só sabemos que era aluno e, mais tarde, companheiro e colaborador do apóstolo Paulo. O apóstolo fala deste colaborador na carta aos Filipenses (cap. 4.3), escrita quando o apóstolo estava preso: “pois juntas (a Evódia e a Sintique) se esforçaram comigo no Evangelho, também com Clemente e os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no livro da vida.”

Clemente veio para Roma e vivenciou lá as primeiras perseguições dos cristãos. Viu eles serem queimados como tochas nos jardins do imperador Nero e, certamente, assistiu a morte de Pedro e Paulo, como mártires. Não demorou e ele tinha que cuidar da Igreja em Roma. Era uma época muito difícil e, às escondidas, Clemente assistiu os julgamentos de cristãos. Depois, consolou os condenados e os acompanhou em sua última caminhada. Ele fortaleceu a Comunidade cristã de Roma. Muitos foram condenados, e Clemente deu ordens para que sete homens da Comunidade fizessem relatos sobre estes mártires.

Em 96, chegou a notícia de que, em Corinto, a Comunidade estava prestes a se dividir. A Comunidade de Roma então pediu a Clemente escrever uma carta, insistindo na união dos cristãos. Esta carta ainda existe e, na época, a carta de Clemente, assim como as cartas de Paulo e Pedro, era conhecida na Igreja Cristã. Nela, Clemente também relata o martírio de Pedro e Paulo, em Roma.

Não sabemos com certeza como Clemente continuou o seu trabalho. Muitos cristãos foram condenados a trabalhar nas pedreiras, perto do Mar Negro. É possível que Clemente sofreu esta condenação. Conta-se que ele, depois de um período de trabalho nessas pedreiras, sofreu a morte de mártir, sendo afogado nas águas do Mar Negro.

“Martírio de São Clemente”,Giovanni Antonio Grecolini (1675–1736)

18/11/2017

Oração da Sacristia (de Martinho Lutero)



Ó Senhor Deus, Tu tens me designado para ser bispo e pastor na Tua Igreja. Tu vês o quanto sou incapaz de ocupar este tão grande e difícil ofício. Se não fosse o Teu auxílio, certamente eu teria arruinado tudo há muito tempo. Por isso, eu clamo a Ti.

Com alegria quero dedicar meus lábios e meu coração ao Teu serviço para ensinar a congregação. Eu também desejo sempre aprender e sempre meditar com diligência a Tua Palavra. 

Usa-me como Teu instrumento. Só não me desampares, pois se for deixado só, eu facilmente destruirei tudo. 
Amém.

Fonte: John Doberstein (ed.). A Minister’s Prayer Book. Philadelphia: Fortress Press, 1986. p. 130.